Em um novo artigo intitulado “Esbulho”, expressão que pode ser entendida como roubo ou espoliação, o ex- presidente da Comissão Provisória Estadual do PDT Igor Lago classifica o prefeito de Caxias, Humberto Coutinho, de “traidor” por ter abandonado seu pai Jackson Lago (falecido em abril do ano passado) nas eleições de 2010 e apoiado a dupla Flávio Dino (PCdoB) e José Reinaldo (PSB).
“Por uma questão de honra, também estamos vigilantes quanto aos últimos atos de dirigente partidário feitos pelo nosso ex-governador Jackson Lago. Caxias é algo simbólico para todos nós. Trata-se de seguir sua orientação de deixar que o partido fique nas mãos daqueles que não lhe deram às costas no momento em que mais precisava. Todos sabem que o atual prefeito caxiense está no PDT por conveniência, não apoiou nenhum de nossos candidatos e tem o pé direito no sarneyísmo e o pé esquerdo no reinaldismo”, diz o filho do ex-governador sobre Humberto Coutinho.
Ele volta a criticar o grupo Julião Amim-Weverton Rocha, que assumiu o comando do PDT maranhense graças a um “canetaço da hipocrisia” do presidente nacional Carlos Lupi.
“Estamos vigilantes quanto aos atos partidários dessa atual Comissão Provisória e denunciaremos qualquer alteração do que foi feito até aqui. Os atuais dirigentes nomeados pelo ‘canetaço’ da hipocrisia não tem legitimidade, estão aí a exercer um papel triste na história de nosso Partido. Vamos aguardar até onde irão com falsas homenagens ao nosso líder Jackson Lago”, diz o ex-presidente.
E completa:”Sei que os atuais nomeados pelo ‘canetaço’ esforçam-se a exercer um papel de ‘gestores’ e falam de ‘unidade’, numa tremenda homenagem ao cinismo. Logo eles que provocaram a dissensão, perjuram aos quatro cantos a respeito de nosso papel à frente dos trabalhos de reorganização partidária e confundem a relação com os outros partidos com adesão e atendimento de seus interesses pessoais de mandato.
Ele diz anda ter sido defenestrado do comando do PDT do Maranhão por ter negado que o diretório local tenha pago uma viagem de Lupi, o suplente de deputado Weverton Rocha e o ex-governador fez pelo estado em 2009.
“Não há como negar que tudo isto não passa de uma retaliação por nosso comportamento durante a crise que atingiu em cheio o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), alguns de seus assessores e o próprio ministro, que acabou sendo demitido no dia 04/12/2011. Desde que assumiu o MTE, o PDT tem sido atrelado a esse órgão com a nomeação de pedetistas, a exemplo de nosso estado, assim como a realização de inúmeros convênios com entidades, secretarias estaduais e municipais e ONGs, muitos dos quais estão sendo objeto de investigação e confirmação de irregularidades conforme recente relatório da Controladoria Geral da União”, detona Igor.